Ao longo desta quinta-feira, diversas manifestações de repúdio à violência foram feitas. // © Getty

Porto Velho, Rondônia - Políticos e autoridades de diferentes esferas condenaram o atentado ocorrido na praça dos Três Poderes, em Brasília, na noite de quarta-feira (13). Ao longo desta quinta-feira, diversas manifestações de repúdio à violência foram feitas.

O autor do atentado, Francisco Wanderley Luiz, 59, se explodiu na praça dos Três Poderes e detonou o próprio carro, que estava no estacionamento do Anexo 4 da Câmara dos Deputados, próximo do STF (Supremo Tribunal Federal).

Antes de morrer, Francisco publicou uma série de mensagens sobre o ataque, misturando declarações políticas e religiosas. Ele era chaveiro e disputou, pelo PL, a eleição de 2020 com o nome de urna Tiü França, em Rio do Sul (SC). Não foi eleito.

Confira reações de políticos e outras autoridades em Brasília.

"Triste e grave. Triste pela perda de vida e grave por ser um atentado a uma instituição da República, Poder da República, e que deve ser apurado com extrema rapidez e com extremo rigor"

Geraldo Alckmin (PSB)
vice-presidente da República

"O triste episódio que chocou a todos nós e, lamentavelmente, resultou na morte de uma pessoa, demonstra o quanto devemos repudiar e desestimular atos de violência e discursos de ódio em nosso país"
Rodrigo Pacheco (PSD-MG)senador e presidente do Congresso Nacional

"Reafirmo, veementemente, meu total repúdio a qualquer ato de violência"

Arthur Lira (PP-AL)
presidente da Câmara dos Deputados

"Algumas pessoas foram da indignação à pena, procurando naturalizar o absurdo [ao defender anistia ao 8/1]. Não veem que dão um incentivo para que o mesmo tipo de comportamento ocorra outras vezes. Querem perdoar sem antes sequer condenar"

Luís Roberto Barroso
presidente do Supremo Tribunal Federal

"A nós, servidoras e servidores da Justiça constitucional e eleitoral, compete dar continuidade às nossas funções para a preservação da necessária democracia brasileira, que não se abala com qualquer ato que possa eventualmente buscar atentar contra pessoas, instituições ou funções democráticas"

Cármen Lúcia
ministra do STF e presidente do Tribunal Superior Eleitoral

"Apesar de configurar um fato isolado, e ao que tudo indica causado por perturbações na saúde mental da pessoa que, infelizmente, acabou falecendo, é um acontecimento que nos deve levar à reflexão. Já passou da hora de o Brasil voltar a cultivar um ambiente adequado para que as diferentes ideias possam se confrontar pacificamente, e que a força dos argumentos valha mais que o argumento da força"

Jair Bolsonaro (PL) ex-presidente da República

"No ataque à democracia, os 'lobos' nunca são solitários. Há, sempre, um 'apito' a encorajá-los. O que aconteceu ontem na praça dos Três Poderes foi mais um sinal de alerta de que, enquanto permanecerem esses "apitos", a luta democrática não permite qualquer tipo de trégua"

Simone Tebet ministra do Planejamento e Orçamento

"O que aconteceu ontem não é um fato isolado do contexto. (...) mas o contexto se iniciou lá atrás, quando o 'gabinete do ódio' começou a destilar discurso de ódio contra as instituições, contra o STF, principalmente contra a autonomia do Judiciário"

Alexandre de Moraes ministro do Supremo Tribunal Federal

"Esses grupos extremistas estão ativos e precisam que nós atuemos de maneira enérgica. Entendemos que esse episódio de ontem não é um fato isolado, mas é conectado a várias outras ações, que, inclusive, a Polícia Federal tem investigado em um período recente"

Andrei Rodrigues diretor-geral da Polícia Federal

"Ao invés de atribuir culpa de parte a parte, faríamos bem em reduzir a temperatura do debate político, trazendo de volta o diálogo como regra básica. (...) O ato isolado de um desequilibrado é o que é: um absurdo"

Ciro Nogueira presidente do PP e ex-ministro de Bolsonaro

"Lamento e repudio os tristes e graves episódios de explosões que resultaram na morte de um cidadão ontem em Brasília. Atos de violência jamais devem ser tolerados. Esperamos que as investigações esclareçam o mais rápido possível o ocorrido"

Hugo Motta (Republicanos-PB) deputado e líder do Republicanos na Câmara

Fonte: Notícias ao Minuto