Outros sete membros do Hamas foram eliminados junto com Ahmed Wadia, protagonista da cena “que mais impressiona” em documentário sobre o massacre. Foto: Reprodução

Porto Velho, RO - A Força Aérea de Israel (FAI) eliminou o terrorista Ahmed Fozi Nazer Muhammad Wadia, comandante da Companhia Nukhba no Batalhão Daraj Tuffah e membro da unidade de parapente do Hamas. Segundo as Forças de Defesa israelenses (FDI), o “ataque preciso” ainda eliminou outros sete terroristas do grupo, um deles “responsável por várias especialidades de combate no Batalhão Daraj Tuffah”.

Wadia é o protagonista de uma das cenas mais impactantes do documentário sobre o ataque de 7 de outubro de 2023, exibido pelo Estado judeu a jornalistas do mundo inteiro, inclusive do portal O Antagonista, em sessões fechadas.

Na comunidade de Netiv HaAsara, próxima à cerca de fronteira com a Faixa de Gaza, ele e outro membro do Hamas invadiram uma casa onde um homem arrastava seus dois filhos para dentro de um abrigo no quintal. Nas imagens de câmeras de segurança, o braço de um dos terroristas então aparece na janela, lançando uma granada contra o pai, que tomba morto com a explosão. Os filhos correm de volta para a cozinha, onde choram em desespero, um deles sangrando em um dos olhos. Wadia entra em seguida, abre a geladeira, pega uma garrafa de refrigerante e vira goela abaixo, bebendo e sorrindo como um sociopata perverso, nem aí para o sofrimento dos meninos.

Minutos depois, eles conseguem fugir, os terroristas vão embora da casa e a mãe chega ao quintal, onde vê o marido assassinado, fica em estado de choque, aos prantos, e precisa ser calada e arrastada à força por dois vigilantes da comunidade, preocupados com o eventual retorno dos terroristas.

“Fiz três exibições do documentário em casa para grandes grupos e esta cena é a que mais me impressiona, sempre!”, disse um socorrista israelense ouvido por O Antagonista. “Chegaremos a todos eles”, afirmou, como quem lava a alma com a notícia da eliminação.

Reféns

Mais de 1200 pessoas foram assassinadas no massacre de 7 de outubro e 251 levadas como reféns para a Faixa de Gaza, dezenas das quais foram recuperadas em momento de trégua e operações de resgate, enquanto outras dezenas foram encontradas mortas. Na última semana, Israel conseguiu resgatar vivo o muçulmano israelense Farhan Alkadi, mas seis reféns foram executados pelo Hamas em túnel próximo, em Rafah, num dos atos mais cruéis do grupo terrorista desde o começo da guerra. As vítimas são Eden Yerushalmi, Ori Danino, Alex Lobanov, Carmel Gat e Almog Sarus, além do cidadão americano Hersh Goldberg-Polin, de 23 anos. Os seis reféns passaram 11 meses em cativeiro antes de serem assassinados, a sangue-frio, quando as forças israelenses se aproximavam.

Diante do episódio, o jornal americano Wall Street Journal publicou nesta terça-feira, 3, o editorial “Hamas mata seis reféns, culpam Israel”, criticando a pressão internacional sobre o Estado judeu para que faça concessões. “A pressão dos Estados Unidos deveria ser sobre o Hamas”, diz o texto.

Fonte: O Antagonista