Integrantes da cúpula do PL acreditam que Jair Bolsonaro comete um “erro grave” ao ensaiar a troca de apoio ao prefeito Ricardo Nunes (MDB) por Pablo Marçal (PRTB) na eleição de São Paulo.
Porto Velho, Rondônia - A avaliação de membros da legenda é que hoje o influencer não venceria o candidato apoiado pelo PT e pelo presidente Lula, Guilherme Boulos (PSOL), em um eventual segundo turno. A cúpula do PL acredita, porém, que Nunes derrotaria Boulos.
As projeções da cúpula do partido estão em sintonia com a pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira. O levantamento mostra Boulos e Marçal empatados em uma disputa no segundo turno, cada um com 38% das intenções de voto. No cenário com Nunes, o prefeito aparece com 46% da prefêrencia e Boulos com 33%.
Para membros do PL, Bolsonaro está cavando a própria derrota ao fazer gestos a Marçal e passar um sinal de que pode apoiá-lo.
Nesta semana, o ex-presidente abriu espaço para o influencer subir no trio durante o ato marcado na Avenida Paulista, no dia 7 de setembro. No vídeo gravado para convocar apoiadores, Bolsonaro disse que “qualquer outro candidato a prefeito da capital está autorizado a subir no carro de som”.
Como informou a coluna, o capitão reformado também deu a ordem para que os aliados não ataquem Marçal. A mudança de postura aconteceu ao longo da última semana, depois que Bolsonaro e seu filho Carlos trocaram farpas com o influencer.
Aliados do ex-presidente avaliam que Bolsonaro e seus filhos perderam a batalha nas redes durante os embates com Marçal e, por isso, decidiram mudar de estratégia e não antagonizar com o candidato do PRTB.
Fonte: O GLOBO
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