Porto Velho, Rondônia - O principal índice acionário brasileiro pode fechar na maior sequência positiva desde julho de 2016, caso encerre as negociações com ganhos nesta sexta-feira, 12. À época, o Brasil se preparava para a votação final do impeachment da ex-presidente Dilma Roussef no Senado, cassada em agosto daquele ano.

Na semana, o indicado acumula 1,60% de alta. Em julho, o saldo está positivo em 3,54%, com todos os pregões do mês com ganhos para os investidores. Apenas 12 das 86 ações que compõem o índice estão no vermelho no período.

Apesar disso, 2024 ainda está no negativo em 4,39%, após um começo de ano com muitas perdas e 60 dos 86 papéis que compõem o indicador com perdas até aqui.

Na sessão de quinta-feira, 11, o Ibovespa avançou 0,85%, aos 128,3 mil pontos, na esteira de dados de inflação mais fracos que o esperado nos Estados Unidos e que aprofundaram as apostas de cortes da taxa básica de juros por lá.

O CPI (Índice de Preços ao Consumidor) americano registrou a primeira deflação mensal em quatro nos. O número animou os investidores, que passaram a precificar mais de 90% de chances de o FED (Federal Reserve) começar a cortar os juros por lá ainda em setembro deste ano.

A melhora no ambiente, com a perspectiva de relaxamento da política monetária americana, ajudou a derrubar as taxas futuras de juros mais longas por aqui em até cinco pontos base, o que teve um efeito positivo também na bolsa local.

Com agenda econômica fraca no dia, os investidores locais devem acompanhar os dados de inflação ao produtor americano e o avanço das conversas sobre a compensação da desoneração da folha. Continua no cardápio de alternativas apresentadas pelo governo, um aumento na alíquota da CSLL em um ponto percentual, embora o Senado tenha mostrado pouco entusiasmo pela ideia.

Além disso, as discussões sobre a Reforma Tributária ainda podem trazer novidades, agora que a primeira parte da regulamentação da medida passa para apreciação no Senado.

Fonte: O Antagonista