Porto Velho, RO - Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, virou foco dos jornalistas após a vitória sobre o Atlético-GO ao usar uma expressão xenofóbica para se referir ao seu time durante a coletiva após jogo.

O resultado foi uma situação que exigiu um posicionamento oficial do clube.

Após a vitória de 3 a 1 sobre o Dragão, Abel Ferreira fez a seguinte declaração:

“Porque isso não é uma equipe de índios. Há uma organização e dentro dessa organização há liberdade para eles criarem, para se ligarem e há princípios de jogo que nós temos, um deles é o equilíbrio, e o Aníbal é um desses pêndulos, esse motorzinho, que não só tem como tarefa ser a primeira cobertura, como também ligar jogo e pôr a equipe a jogar”, disse o treinador em um exemplo claro de preconceito.

Lembrando que o mesmo Abel foi vítima de xenofobia por parte do dirigente do São Paulo no início do ano.

Defesa de Palmeiras e Abel Ferreira

O técnico, no entanto, defendeu-se alegando que a expressão “time de índio” utilizada era comum no futebol e não tinha a intenção de ofender.

Bem, aqui no Brasil é comum o uso xenofóbico do termo “português” como sinônimo de pessoas burras, mas não podemos dizer que essa atitude seja justificável pela sua naturalidade.

É xenofobia do mesmo jeito!

Face às reações negativas, Abel Ferreira rapidamente emitiu um pedido de desculpas por meio da assessoria de imprensa do Palmeiras.

Ele enfatizou seu respeito pelos brasileiros e reiterou seu comprometimento contra qualquer forma de preconceito.

“Vivo e trabalho no Brasil desde 2020 e tenho profundo respeito por todos os brasileiros“, afirmou Abel.

Contexto legal em relação ao ocorrido

É importante ressaltar que o Brasil possui legislação específica que trata de crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

A Lei Federal 7.716/89 estabelece penalidades para atos que se enquadrem nessas categorias.

Diante disso, as declarações de Abel Ferreira não só provocaram uma resposta emocional no público, mas também levantaram questões legais sobre a conduta no esporte.

Em resumo, a situação destacou não apenas a necessidade de sensibilidade na comunicação dentro dos esportes, mas também o papel dos líderes esportivos como modelos de comportamento e respeito mútuo em uma sociedade progressivamente consciente e vocal sobre questões de racismo e preconceito.

O caso de Abel Ferreira serve como um lembrete crucial da influência das palavras e da importância de abordá-las com cuidado.

Fonte: O Atagonista