Porto Velho, Rondônia - Nos primeiros 20 dias desse mês de junho, o estado de São Paulo registrou um aumento significativo de focos de incêndio, superando os números de junho de 2010, que já tinha sido um ano com alta incidência.

Este fenômeno é observado com grande preocupação por ambientalistas e autoridades locais.

De acordo com dados do Programa Queimadas, do Instituto de Pesquisas Espaciais, até o dia 20 de junho já foram contabilizados impressionantes 635 focos de fogo.

Comparativamente, o mês inteiro de junho de 2010, conhecido por seu alto número de registros, teve um total de 370 focos.

Este crescimento expressivo sinaliza um alerta vermelho para a região.

O que está causando o aumento de incêndios em São Paulo?

A explicação para este surto de incêndios pode estar associada à seca precoce que atinge o estado.

Este ano, a estação seca iniciou mais cedo, com maio apresentando índices pluviométricos muito baixos e junho prosseguindo sem chuvas até o momento.

Tais condições climáticas contribuem diretamente para a desidratação do solo e da vegetação, tornando-os altamente inflamáveis.

Impactos ambientais e sociais dos incêndios

A situação não afeta apenas a fauna e a flora. Há um impacto direto também na qualidade de vida das pessoas, no aumento da poluição do ar e nos riscos à saúde pública.

O solo seco e as plantas desidratadas facilitam não apenas a propagação das chamas, mas também a intensidade do fogo, o que dificulta o controle e combate aos incêndios.

Medidas de prevenção e alerta

Diante deste cenário, as autoridades estão intensificando as campanhas de prevenção e conscientização.

É crucial que a população evite qualquer atividade que possa gerar fagulhas ou chamas abertas, como jogar bitucas de cigarro nas estradas ou fazer queimadas para limpeza de terreno.

Além disso, espera-se que a chegada de uma frente fria na próxima terça-feira traga alguma chuva para o litoral e algumas regiões, embora a previsão indique que será uma quantidade insuficiente para reverter a condição de seca.

A expectativa é que essa mudança climática ao menos contribua para reduzir temporariamente o risco de novos incêndios.

Enquanto a situação não se normaliza, a vigilância e os cuidados devem ser redobrados por todos, visando proteger tanto o meio ambiente quanto as populações locais afetadas.

O trabalho conjunto entre governo, entidades ambientais e cidadãos é essencial para mitigar os impactos deste fenômeno recorrente e cada vez mais intenso.

Fonte: O Antagonista