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Porto Velho, Rondônia - A espaçonave para voos tripulados da Boeing, Starliner, deve finalmente fazer seu voo inaugural na manhã desta quarta-feira, após sete anos de atraso. Essa é a terceira tentativa de lançar o veículo, que teve um desenvolvimento turbulento, cheio de imprevistos e problemas que significaram custos excessivos que ultrapassam os R$ 8 bilhões.
A Starliner está na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, no Complexo de Lançamento 41, acoplada ao foguete ULA Atlas V que a enviará em direção à Estação Espacial Internacional (ISS). A cápsula vai levar os astronautas Butch Wilmore, comandante da missão, e Suni Williams, que atuará como piloto.
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A Boeing foi escolhida há 10 anos ao lado da SpaceX para desenvolver uma espaçonave que pudesse transportar astronautas do solo dos EUA para a ISS, permitindo assim que a Nasa encerrasse sua dependência da Rússia para voos tripulados.
As empresas receberam, cada uma, um contrato de preço fixo: US$ 4,2 bilhões para a Boeing por sua CST-100 (Starliner) e US$ 2,6 bilhões para a Crew Dragon da SpaceX. A SpaceX realizou seu primeiro voo tripulado em 2020 — e já fez com sucesso cerca de uma dúzia desde então — enquanto a Boeing patinava para fazer sua nave decolar.
Por que outra nave é importante?
Para ir e voltar da estação espacial, a Nasa atualmente conta com a SpaceX, a empresa fundada por Elon Musk. A SpaceX transportou sua primeira equipe de astronautas para a órbita em maio de 2020, a bordo de sua cápsula Crew Dragon, e desde então levou mais oito equipes para a estação espacial.
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Mas a Nasa também contratou a Boeing para construir uma cápsula, para que uma possa servir como backup se algo der errado com a outra.
— A NASA precisa desesperadamente de um segundo fornecedor para transporte de tripulação — disse Steve Stich, gerente do Programa Comercial de Tripulação da agência durante coletiva de imprensa.
A era dos voos comerciais
A Nasa costumava depender dos ônibus espaciais para transportar astronautas para e da órbita. Quando esses veículos foram aposentados em 2011, a agência teve que confiar na nave espacial Soyuz da Rússia, e o fez por quase uma década.
Para restaurar sua autonomia, a agência iniciou um programa, o Commercial Crew, que contaria com empresas privadas para construir espaçonaves que pudessem transportar astronautas em missões da NASA. Além disso, a NASA se tornaria cliente das empresas, pagando pelas viagens nas espaçonaves em vez de possuí-las diretamente, como fazia com os ônibus espaciais.
A SpaceX é uma dessas fornecedoras, e a Boeing seria a outra.
A cápsula Starliner da Boeing já voou para a órbita duas vezes sem astronautas a bordo. O primeiro voo, em dezembro de 2019, estava destinado a preceder um voo com astronautas a bordo. Mas uma série de erros de software no espaço ameaçou o voo, levando a NASA a rotulá-lo como um "incidente de alta visibilidade" após uma investigação.
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Um segundo voo sem tripulação em maio de 2022 foi mais bem-sucedido. Mas originalmente deveria ter ocorrido em agosto de 2021. Antes desse voo, os engenheiros descobriram que as válvulas no sistema de propulsão do Starliner estavam presas, e o veículo teve que ser recolhido da plataforma de lançamento e enviado de volta à fábrica para reparos.
Os problemas técnicos têm sido um fardo para a Boeing, que relatou US$ 883 milhões em perdas no veículo até outubro de 2022.
Mas a empresa disse que não tem planos de abandonar sua tentativa de construir o Starliner.
"Há dores de crescimento no desenvolvimento e voo de uma aeronave - estamos muito próximos", disse Mark Nappi, vice-presidente e gerente do programa da Boeing para o Starliner. "Isso faz parte do negócio ter esse tipo de problemas".
Fonte: O GLOBO
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