Porto Velho, Rondônia - Em uma escavação recente nas obras de uma nova rodovia próxima a Marília, interior de São Paulo, o paleontólogo William Roberto Nava fez uma descoberta fascinante. Um fóssil de um crocodilo do período Cretáceo Superior veio à tona, aumentando a relevância científica da região para estudos paleontológicos. O fóssil foi encontrado em maio de 2024, uma novidade que animou a comunidade científica e os residentes locais.

O material exumado, inicialmente composto por um pequeno crânio de aproximadamente 6 a 7 centímetros, sugere a possibilidade de ser da espécie Mariliasuchus. Este crocodilo habitava esta área milhões de anos atrás. O achado é significativo não só pelo tipo de espécie, mas também porque é o primeiro crânio encontrado no local, um marco na pesquisa local.

Como o Fóssil foi Descoberto e Recolhido?

O processo de descoberta começou com uma escavação cuidadosa durante as obras da rodovia. Ao identificar os vestígios do fóssil, a equipe de Nava agiu prontamente para preservar as amostras. O material foi então enviado para o Museu de Paleontologia de Marília, onde mais análises serão realizadas para confirmar a espécie e entender melhor as peculiaridades do exemplar.

O que significa este achado para a ciência?

Este achado não é apenas uma conquista para o Museu de Paleontologia de Marília, mas um estímulo para futuras investigações na região. A existência de fósseis como esse oferece uma perspectiva única sobre a biodiversidade do período Cretáceo Superior e ajuda a mapear as mudanças geológicas e biológicas que aconteceram desde então.

Quais são os próximos passos na pesquisa?

Após a análise inicial, o próximo objetivo dos pesquisadores é localizar a dentição do crocodilo, um fator crucial para confirmar a espécie com precisão. Esse estudo detalhado permitirá não só confirmar se o fóssil realmente pertence ao Mariliasuchus, mas também fornecerá insights sobre as características físicas e possivelmente os hábitos desse antigo habitante.

Uma vez concluídas as análises e restaurações necessárias – que incluem a preparação, colagem e cuidadosa identificação – o conjunto de fósseis será exposto ao público no Museu de Paleontologia. Isso permitirá que tanto acadêmicos quanto entusiastas por história natural possam admirar e aprender mais sobre essa fascinante descoberta.

A expectativa é alta, tanto entre os pesquisadores quanto entre os visitantes do museu, ansiosos por ver de perto essa relíquia de um passado distante. Com a continuação das obras da rodovia, existe a esperança de que novos fósseis apareçam, trazendo mais luz ao que era a vida na Terra durante o Cretáceo Superior.

Fonte: O Antagonista