Porto Velho, Rondônia - O escândalo que recai sobre figuras do panorama esportivo e organizações responsáveis por sua regulação e segurança parece ser um ciclo vicioso e é um reflexo preocupante de lapsos na proteção aos atletas. Recentemente, uma ex-nadadora dos Estados Unidos, Amanda Le, trouxe à tona alegações chocantes contra seu ex-treinador, além de acusar organizações esportivas de negligência em um processo judicial que chama a atenção para a vulnerabilidade dos jovens atletas em ambientes competitivos.

Amanda Le, que foi uma promissora nadadora, aponta seu ex-treinador, Joseph Bernal, como o autor de abusos sexuais duradouros. Segundo relatos, o abuso começou quando ela tinha apenas 15 anos e se estendeu até o fim de sua adolescência. Em uma revelação perturbadora, Le relata que, mesmo com sinais evidentes de comportamento impróprio do treinador, nada foi feito por parte de organizações como a USA Swimming para intervir ou protegê-la.

O que está sendo feito para proteger atletas menores?

Apesar de declarações de comprometimento com a segurança dos atletas, muitos críticos argumentam que a cultura dentro de esportes de alto desempenho muitas vezes facilita o abuso, ao invés de preveni-lo. Isso é indicado não apenas pelas experiências de Le mas também por outros casos notórios como o do médico da equipe olímpica dos EUA, Larry Nassar.

Detalhes do Processo de Amanda Le

Joseph Bernal, o acusado no caso de Le, possui um passado ilustre no esporte, tendo sido treinador em duas Olimpíadas e responsável pelo treinamento de vários medalhistas olímpicos. Conforme detalhado no processo, Bernal abusou de sua posição de poder de formas extremamente graves, culminando em atos que afetaram drasticamente a saúde mental e emocional de Le.

Respostas Institucionais ao Abuso no Esporte

A USA Swimming baniu Bernal em 2016, após as primeiras denúncias virem à tona, mas isso só ocorreu anos após os abusos relatados por Le, sugerindo uma falha significativa no sistema de proteção aos atletas. Além disso, o processo realça o problema continuado de supervisão e resposta inadequada de organizações esportivas frente a alegações de abuso.
  • Abuso sexual por parte de Joseph Bernal durante os treinamentos e viagens da equipe.
  • Falta de ação da USA Swimming e outras entidades, mesmo com reclamações prévias.
  • O sistema de proteção falho que prioriza reputações e resultados em detrimento da segurança dos atletas.

Em meio às ações legais e aos debates que se seguem, uma coisa é clara: a necessidade urgente de revisar e reforçar os protocolos de segurança e respostas a abusos em contextos esportivos. A história de Amanda Le, embora trágica, serve como um catalisador para mudanças essenciais na proteção de jovens atletas, assegurando que o esporte seja um ambiente seguro e encorajador para todos.

Fonte: O Antagonista