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Ninguém imaginava que esse desastre aconteceria lá porque os temporais estavam mais afastados de casa. Mas aconteceu. Os quatro ficaram sob escombros e meu irmão, com uma única mão, conseguiu pegar o celular e me ligar avisando sobre o desmoronamento. Eu saí de casa correndo, chamei alguns parentes e vizinhos para me ajudar e conseguimos resgatar meu irmão, minha avó — que não teve nenhum arranhão — e meu pai. Só que ele havia fraturado a coluna e a perna e ficou em estado grave. Minha mãe, até então, estava desaparecida.
Como a ambulância não conseguiu chegar no local porque todas as estradas estavam bloqueadas, nós tivemos que levar meu pai de caminhão para o hospital. Ele chegou a fazer uma cirurgia no tórax e não tinha previsão de alta. Eu estava desesperado, mas voltei rápido para procurar minha mãe. Quando cheguei, os bombeiros estavam na área que sobrou da casa e conseguiram localizá-la, mas já era tarde demais.
Inicialmente, os médicos haviam dito que o estado do meu pai era grave, que ele corria risco de ficar paraplégico, mas nunca estamos preparados para a morte. Não contamos para ele que a minha mãe havia falecido. E agora vamos ter que viver sem eles dois. Estamos tentando seguir a vida, mas nada está bem.
Fonte: O GLOBO
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