Porto Velho, Rondônia - O Presidente ucraniano anunciou quinta-feira, 16 de maio, que reuniu o seu gabinete militar na cidade de Kharkiv, capital da região alvo de uma ofensiva russa, considerando a situação ali “extremamente difícil”, mas “sob controle”.

“Até o momento, a situação na região de Kharkiv está sob controle”, disse Volodymyr Zelensky no Telegram, especificando que estava na cidade com comandantes militares. “Mas a área continua extremamente difícil, por isso estamos fortalecendo as nossas unidades”, acrescentou.


O ministro do Interior ucraniano acusou o exército russo de detenções arbitrárias e execuções de civis na cidade de Vovchansk, na região de Kharkiv (nordeste), alvo de um ataque russo há uma semana:

“De acordo com relatos dos serviços de inteligência, os militares russos, que estão tentando se firmar na cidade, não estão permitindo a evacuação dos moradores: começaram a sequestrar pessoas para levá-las aos porões”, disse o ministro Igor Klymenko no Telegram , que também relatou informações sobre “primeiras execuções de civis” pelo exército russo.

Rússia e China querem evitar “escalada” na Ucrânia

A Rússia e a China garantiram na quinta-feira que queriam evitar qualquer nova “escalada” na Ucrânia para a responsabilidade ocidental, de acordo com uma declaração conjunta publicada pelo Kremlin após a reunião em Pequim entre os presidentes Vladimir Putin e Xi Jinping.

O texto diz que Pequim e Moscou consideram “necessário” evitar qualquer decisão que possa “contribuir para o prolongamento das hostilidades e para uma nova escalada do conflito”, uma formulação que parece visar europeus e americanos, com o Kremlin dizendo constantemente que são as entregas de armas do Ocidente para a Ucrânia que mantêm a guerra em curso.

O comunicado conjunto, que utiliza vocabulário caro a Vladimir Putin, considera também que uma “solução sustentável da crise ucraniana” exige o respeito pelo “princípio da indivisibilidade da segurança”, conceito utilizado pelo Kremlin para justificar a sua invasão, afirmando que a aproximação entre Kiev e o Ocidente representava uma ameaça para Moscou e que a segurança da Ucrânia não poderia ser alcançada à custa da segurança da Rússia.

Pequim e Moscou também sublinharam a importância do “diálogo” relativamente à resolução desta guerra. A Rússia disse que só está pronta para negociações se a Ucrânia ceder as cinco regiões que reivindica e ocupa.

Fonte: O Antagonista