Porto Velho, Rondônia - Em uma decisão marcante que reflete as crescentes tensões internacionais, a Rússia não receberá convites para participar das comemorações do 80º aniversário dos desembarques do Dia D, evento seminal da Segunda Guerra Mundial. As celebrações, que acontecerão na próxima semana na França, contarão com a presença de líderes globais, incluindo o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, e o presidente dos EUA, Joe Biden.

Segundo fontes diplomáticas, a decisão foi influenciada pela invasão da Ucrânia pela Rússia, comandada pelo presidente Vladimir Putin há mais de dois anos. Essa ofensiva reavivou as tensões preexistentes entre países do bloco europeu e Moscou, dificultando a inclusão de representantes russos no evento que recorda a luta contra o Nazismo.

Por Que a Rússia Ficou de Fora das Comemorações?

A exclusão da Rússia das celebrações na França não é um fato isolado, mas sim um reflexo direto das atuais disparidades geopolíticas. Organizadores do evento e diplomatas europeus expressaram desconforto com a presença russa, dada a situação ainda volátil na Ucrânia e a continuação dos conflitos na região, tornando a decisão quase inevitável.

Impacto da Decisão para Relações Internacionais

A relação entre históricos de guerra e diplomacia contemporânea não poderia ser mais complexa. Ao negar convites à Rússia, os organizadores estão, de certa forma, redefinindo as diretrizes para o reconhecimento dos esforços de guerra. A decisão pode ser vista como uma marginalização de Moscou no palco internacional, especialmente quando contrastada com as celebrações do 70º aniversário, onde Putin teve participação ativa.

Uma Perspectiva Histórica Fundamental

Durante os desembarques do Dia D, em 6 de junho de 1944, mais de 150.000 tropas aliadas iniciaram as operações que se tornariam decisivas para a libertação da Europa Ocidental sob controle Nazista. A União Soviética, predecessora da Rússia moderna, desempenhou um papel crucial na Segunda Guerra Mundial, perdendo mais de 25 milhões de vidas. Sua ausência nas celebrações deste ano não apaga seu papel histórico, mas destaca uma nova era de relacionamentos internacionais, moldados por conflitos contemporâneos.

A situação de exclusão da Rússia dos eventos do Dia D esclarece a dinâmica de mudanças nas alianças globais e as repercussões contínuas das ações militares em curso. À medida que essas celebrações se aproximam, os olhos do mundo estarão atentos não apenas às homenagens, mas também às ausências notadas e suas implicações para o futuro da diplomacia global.

Fonte: O Antagonista