A licença do local expirou em março e o proprietário instalou no quarto mais que o dobro do número autorizado de leitos
Porto Velho, Rondônia - A polícia indiana anunciou nesta segunda-feira a detenção de um médico e do proprietário de um hospital infantil onde seis bebês morreram em um incêndio no sábado em Nova Délhi, na Índia.
Algumas pessoas que estavam na rua perceberam as chamas e enfrentaram o incêndio em um primeiro momento para tentar resgatar os recém-nascidos, que estavam em uma área de grande movimento do hospital.
O comissário Surendra Chaudhary declarou à AFP que o hospital, o 'New Born Baby Care', "não tinha um sistema de evacuação de incêndios".
A licença do local expirou em março e o proprietário instalou no quarto mais que o dobro do número autorizado de camas.
"O hospital tinha permissão para cinco camas no máximo, mas havia mais de 10", disse Chaudhary, antes de explicar que as detenções foram efetuadas "levando tudo isso em consideração".
Os incêndios são frequentes na Índia devido ao estado de deterioração dos edifícios, à superlotação e ao não cumprimento das normas de segurança.
Vinod Sharma, que perdeu o bebê de apenas um dia no incêndio, culpou os diretores do hospital pela tragédia.
"Ele tinha um problema respiratório. O médico disse que ele ficaria bem em alguns dias", declarou ao jornal Indian Express. "Não sabíamos que o hospital iria matá-lo". Cinco bebês resgatados do incêndio continuam em recuperação em outro hospital.
Seis bebês recém-nascidos morreram depois que um incêndio atingiu um hospital infantil na capital indiana — Foto: AFP
Também no sábado, outro incêndio destruiu um parque de diversões no estado de Gujarat, oeste da Índia.
O número de mortos na tragédia subiu para 28 nesta segunda-feira, informou a polícia, que acusou sete pessoas por homicídio culposo.
"As imagens das câmeras de segurança mostram claramente que uma faísca procedente dos trabalhos de soldagem caiu sobre uma pilha de folhas de papelão, provocando o incêndio", afirmou o comandante dos bombeiros, Ilesh Kher.
Fonte: O GLOBO
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