Porto Velho, Rondônia - O Imposto de Renda é um tópico que frequentemente gera dúvidas e preocupações.

Com as alterações confirmadas para o exercício de 2024, entender como efetuar o cálculo das alíquotas e saber quem precisa declarar tornou-se ainda mais crucial.

A seguir, detalharemos as mudanças e como elas podem afetar seu bolso.

Quais são as novas faixas de isenção do IR?

Em fevereiro de 2023, uma medida provisória assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva introduziu mudanças significativas na estrutura do Imposto de Renda, válidas para a declaração de 2024.

A principal alteração foi o aumento da faixa de isenção para R$ 2.112, com um desconto automático que eleva esse limite a R$ 2.640, representando dois salários mínimos da época.

Como calcular o imposto devido?

O cálculo do IR depende diretamente das faixas de renda sobre as quais as alíquotas são aplicadas de forma progressiva.

Por exemplo, alguém com rendimento mensal de R$ 4 mil não será tributado em 22,5% sobre toda a renda tributável, mas sim de maneira escalonada através das diversas faixas.
  • Faixa 1: Até R$ 2.112 – isento
  • Faixa 2: De R$ 2.112,01 até R$ 2.826,66 – 7,5%
  • Faixa 3: De R$ 2.826,67 até R$ 3.751,06 – 15%
  • Faixa 4: De R$ 3.751,07 até R$ 4.664,68 – 22,5%
  • Faixa 5: Acima de R$ 4.664,68 – 27,5%

Quem precisa declarar o IR em 2024?

Não são todos que precisam se preocupar com a declaração do IR.

A necessidade de declarar depende de uma série de fatores, incluindo o total de rendimentos tributáveis e a possibilidade de se encaixar em deduções específicas, como gastos com educação e saúde.

A regra geral é que se os rendimentos tributáveis ultrapassarem as faixas de isenção, a declaração se faz necessária.

Além disso, outros fatores como posse de bens acima de determinado valor ou recebimento de rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte em valor superior a um certo limite, também exigem a declaração.

Exemplos práticos de cálculo do IR

Para consolidar o entendimento, vamos analisar alguns exemplos práticos.

Se uma pessoa possui um salário mensal de R$ 4.000, o cálculo do IR seria realizado da seguinte forma:
  1. R$ 2.112 isentos.
  2. Tributa-se 7,5% sobre R$ 714,65, o que resulta em R$ 53,59.
  3. Tributa-se 15% sobre R$ 924,39, culminando em R$ 138,66.
  4. Tributa-se 22,5% sobre R$ 248,93, igual a R$ 56,01.
  5. Totalizando um imposto a pagar de R$ 248,26, com uma alíquota efetiva de 6,2%.

Este modelo de cálculo ajuda a entender como o imposto é progressivamente calculado e como os contribuintes podem se preparar melhor para as obrigações fiscais do próximo ano.