Porto Velho, Rondônia - O senador Eduardo Girão (Novo-CE) atribuiu nesta quarta-feira, 29, o resultado da sessão do Congresso para apreciação de vetos presidenciais à “mobilização do povo brasileiro”.

“Ontem tivemos um exemplo de como, com a mobilização do povo brasileiro, se conseguem grandes vitórias. O Congresso está de parabéns. Ontem, foi uma derrota fragorosa deste Governo, que, se continuar plantando o ódio, a vingança, a irresponsabilidade com o dinheiro do contribuinte, em querer destruir a família, em querer destruir a vida, valores e princípios do povo brasileiro, vai continuar levando derrotas”, afirmou o senador em pronunciamento.

Girão também criticou ação de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) ingressada no Supremo Tribunal Federal (STF) por Psol, PCdoB e Solidariedade, para suspender todos os acordos de leniência firmados no âmbito da Lava Jato.

“Muito estranho que esses partidos de menor expressão política, os ditos ‘nanicos’, vão ao STF depois de tantos anos confrontar esses acordos, sendo que eles foram firmados, na enorme maioria das vezes, sob provas robustas e confissões de corruptos, todos do alto escalão na hierarquia de empresas corruptoras, como diretores, presidentes ou mesmo os donos das companhias. Cabe lembrar que muitos desses acordos foram feitos com informações e o aval dos órgãos de investigação internacionais, bem como com dados fornecidos por grandes instituições financeiras de países europeus, como a Suíça.“

A decisão de Toffoli sobre Marcelo Odebrecht

O senador da oposição falou ainda sobre a decisão do ministro Dias Toffoli, do STF, que que anulou todos os atos da Operação Lava Jato contra Marcelo Odebrecht.

Para o senador, a Lava Jato começou a ser “desconstruída” e “devastada” a partir de 2019.

“Inclusive o que a gente faz parte, o Poder Legislativo, quando vota, na calada da noite, aquela situação toda, a Lei de Abuso de Autoridade, o Pacote Anticrime, é desfigurado, uma série de coisas e, quando o STF, num dos maiores malabarismos jurídicos já vistos, mudou em apenas três anos o entendimento sobre a prisão em segunda instância por seis votos a cinco, preparando o terreno para a escandalosa decisão que suspendeu a condenação de Lula.”

Com informações de Agência Senado./ O Antagonista