Cerca de 200 pessoas se uniram ao movimento, no meio da rua, em uma das áreas mais barulhentas da Cidade do México

Porto Velho, Rondônia - Em uma sexta-feira quente, no meio de uma das áreas mais movimentadas e barulhentas da Cidade do México, cerca de 200 pessoas realizaram uma “soneca coletiva”, no meio da rua, para comemorar plenamente o Dia Mundial do Sono, celebrado em 15 de março.

Deitados em tapetes sintéticos, usando travesseiros de pescoço e com os olhos cobertos por máscaras para dormir, os participantes quebraram o ritmo frenético do centro da capital mexicana e foram parte, segundo os organizadores, de “um protesto pacífico pelo direito ao sono”.

Segundo a coordenadora do Centro de Sono e Neurociências privado, que promoveu o evento em parceria com o governo mexicano, a promoção do descanso deve ser garantida em políticas públicas.

— A ideia é que dormir bem, ou fazer este evento tão chamativo, ajude a impulsionar novas políticas públicas para promover o descanso. Temos jornadas prolongadas, não há espaços nas empresas para garantir o momento da soneca — adverte a especialista.

Mexicanos tiram 'soneca em massa' pelo direito de dormir bem, em celebração ao Dia Mundial do Sono — Foto: AFP

Auxiliados por uma sessão de meditação guiada, alguns participantes caíram em um sono profundo, denunciados pelos seus roncos sonoros, e outros conseguiram pelo menos um momento de relaxamento.

Aposentados, uma mãe com sua filha pequena, ou pessoas que estavam apenas passeando pela área se juntaram à soneca comunitária.

— Dormir e descansar bem é ótimo para a atenção. Preciso fazer mais isso, mas acho que essa dinâmica é muito legal, promove o descanso — disse Alexia González, psicoterapeuta de 24 anos, natural do estado de Morelos e visitando a capital.

Já Víctor Sánchez, aposentado de 64 anos, veio do bairro Tláhuac, no extremo sul da Cidade do México, em busca de orientação profissional para conseguir um bom descanso.

— É um pouco longe para mim, mas tive que vir porque isso é importante para mim.


Fonte: O GLOBO