Generalistas criativos e IA: a dupla dinâmica do futuro do trabalho

Porto Velho, Rondônia - Na era da digitalização dos serviços e do avanço da inteligência artificial (IA), uma nova tendência vem sendo observada.

Um aumento na demanda por generalistas criativos, profissionais capazes de atuar em várias frentes e adaptar-se a diferentes tecnologias.

Essa foi a visão compartilhada por Ian Beacraft, CEO da consultoria Signal And Cipher e renomado especialista em IA, em seu discurso no festival South by Southwest (SXSW) 2024.
O Crescimento dos Generalistas Criativos

Os profissionais conhecidos como generalistas criativos são aqueles que possuem habilidades diversas, permitindo atuar em várias áreas, ao contrário dos profissionais especialistas, que dedicam anos a adquirir competências limitadas.

A IA, segundo Beacraft, ampliará as habilidades desses generalistas, permitindo que eles estejam à frente na corrida de produtividade e permanência no mercado de trabalho.

Inteligência Artificial no Auxílio aos Criativos

Beacraft defende a ideia de que a IA não apenas substituirá os profissionais especialistas, como também ampliará o conjunto de habilidades dos generalistas.

Por exemplo, um indivíduo sem habilidades de desenho poderá comandar uma ferramenta geradora de imagens, como Midjourney ou Dall-E 2, e criar uma ilustração detalhada em minutos.

Além disso, o especialista disse que essas novas ferramentas são como calculadoras, essenciais e indispensáveis no processo de aprendizado.

Redução e Eficiência das Equipes

O futuro, com generalistas criativos e IA trabalhando juntos, prevê empresas menores, mais eficientes e enxutas.

Beacraft sugere que departamentos inteiros podem ser substituídos por automação, e pequenas equipes poderão ter impactos significativos nos negócios.

Sam Altman, cofundador e CEO da OpenAI, já previu recentemente a ascensão de “empresas bilionárias de uma só pessoa”, com poucos funcionários e milhares de robôs executando tarefas antes realizadas por humanos.

O Futuro do Trabalho

Beacraft defende que a automação conduzirá a um cenário de semana de trabalho de quatro dias, economizando tempo e aumentando a eficiência.

Tudo isso representa uma transformação significativa na maneira como entendemos e realizamos o trabalho. Em suas palavras, “O emprego está morto. Vida longa ao trabalho”.

Essas perspectivas apresentam um futuro promissor e empolgante, mas que também exigirá adaptação e aprendizado contínuos.

O papel dos generalistas criativos em um mundo cada vez mais regido pela IA se torna fundamental para navegar com eficiência e inovação na paisagem do trabalho do futuro.

Fonte: O Antagonista