Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, em entrevista no Ninho do Urubu. Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

Porto Velho, Rondônia - O Flamengo apresentou à Caixa Econômica Federal o projeto de um estádio com capacidade para 75 mil torcedores, revisando inicialmente a possibilidade de acolher até 100 mil.

A proposta vem acompanhada de cuidadosas avaliações sobre a capacidade e os custos envolvidos, ajustando o planejamento à área disponível e à realidade financeira do projeto.

Contudo, um impasse financeiro permanece no que diz respeito ao terreno, com a Caixa Econômica Federal e o Flamengo ainda alinhando expectativas quanto ao valor.

O Flamengo quer pagar R$ 250 milhões pelo terreno do Gasômetro e a Caixa, quer mais.

Impasse do terreno

O local preferido pelo Flamengo é o Terreno do Gasômetro, pela localização estratégica e pelo potencial que representa para o clube.

No entanto, há outros dois locais sendo considerados como candidatos secundários.

Os rubro-negros estão dispostos a investir até R$ 250 milhões na compra, enquanto negocia com a Caixa, que sugere um valor superior, refletindo a valorização do terreno nos últimos anos.

O Flamengo olha também para o sucesso de projetos municipais na região, como o Terminal Gentileza, buscando inspiração e justificar o investimento no território do Gasômetro.

A batalha pelo terreno não está apenas nos números, mas também nos trâmites burocráticos e acordos com a prefeitura para que o projeto possa, de fato, tomar forma.

Flamengo em busca financiamento Arena com capacidade para 75 mil

A estratégia do Flamengo inclui a captação de recursos diretamente do clube e a busca por sócios estratégicos, além da possibilidade de venda de naming rights.

A postura atual é contra qualquer parceria que preveja divisão de lucros futuros, demonstrando uma forte inclinação para manter o controle sobre as receitas que a nova infraestrutura trará.

E o Maracanã?

O Flamengo, em parceria com o Fluminense, segue interessado na licitação para a administração do estádio, reiterando a ideia de que o novo projeto não substituiria, mas sim complementaria as opções de sede para as partidas.

O presidente Rodolfo Landim, com seu mandato concluindo em dezembro de 2024 e sem possibilidade de reeleição, está ativo na preparação para a sucessão.

Uma comissão foi formada para estruturar um plano de governo para o próximo triênio, com a construção do estádio sendo uma das peças centrais das futuras propostas de gestão.

Landim expressou em entrevista recente sua visão sobre o projeto do estádio como um objetivo a longo prazo, que requer a colaboração de várias gestões.

O Flamengo permanece analisando as possibilidades para o terreno, mantendo a esperança de chegar a um acordo ainda este ano, ao mesmo tempo em que considera alternativas.

Fonte: O Antagonista