Com 8,5 milhões de pessoas, a população desocupada cresceu 4,1% no trimestre encerrado em fevereiro de 2024, diz o IBGE. Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Porto Velho, Rondônia - A taxa de desemprego subiu para 7,8% no trimestre encerrado em fevereiro, conforme dados divulgados nesta quinta-feira, 28, pelo IBGE.

O resultado, que era consenso no mercado, representa um avanço de 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em novembro de 2023.

Essa é a primeira alta do indicador desde o trimestre encerrado em abril.

Com 8,5 milhões de pessoas, a população desocupada cresceu 4,1% no trimestre. Ao todo, são 332 mil pessoas a mais em busca de trabalho em relação ao trimestre anterior.

Em relação ao mesmo período de 2023, quando a taxa registrada foi de 8,6%, o desemprego recuou 0,7 ponto percentual.

População ocupada

Sem variação significativa, a população ocupada no trimestre encerrado em fevereiro foi de 100,250 milhões de pessoas, com crescimento de 2,2% no ano.

O nível da ocupação, que é percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi a 57,1%, recuando 0,3 ponto percentual frente ao trimestre móvel anterior, quando o nível registrado era de 57,4%.

Desalento

Com a primeira alta desde abril de 2021, a população desalentada, sem esperanças de encontrar uma oportunidade no mercado de trabalho, cresceu 8,7%, chegando a 3,7 milhões de pessoas.

Segundo o IBGE, o percentual de desalentados na força de trabalho subiu 0,3 ponto percentual no trimestre, chegando a 3,3%.

Taxa de informalidade

A taxa de informalidade foi de 38,7% da população ocupada, o equivalente a 38,8 milhões de trabalhadores informais. No trimestre anterior, a taxa de informalidade era de 39,2 %.

Rendimento real

O rendimento real habitual de todos os trabalhos cresceu 1,1% no trimestre móvel, ficando em 3.110 reais, de acordo com o IBGE. No ano, o rendimento acumula alta de 4,3%.

Caged

Como registrou O Antagonista, foram gerados 306.111 novos empregos com carteira assinada em fevereiro, resultado de 2.249.070 admissões e 1.942.959 desligamentos. Esse número superou em mais de 53 mil as vagas geradas em 2023 e em mais de 137 mil as vagas geradas no mês anterior.

Os cinco grandes setores econômicos apresentaram saldos positivos no mês, com destaque para o setor de Serviços, que registrou a criação de 193.127 empregos. A indústria também teve um bom desempenho, gerando 54.448 postos de trabalho. Os setores da construção, comércio e agropecuária também contribuíram para o saldo positivo.

A maioria das unidades federativas apresentou saldos positivos, sendo que São Paulo foi responsável pela geração de mais de 100 mil empregos, seguido por Minas Gerais e Paraná.

No acumulado dos dois primeiros meses de 2024, quatro dos cinco grandes setores econômicos tiveram saldo positivo. O setor de Serviços liderou a criação de empregos formais, com 268.908 vagas. A indústria registrou um saldo de 120.004 postos de trabalho, enquanto a construção e a agropecuária também apresentaram saldos positivos.

Fonte: O Antagonista