Maxwell Simões foi citado pelo ex-policial militar Élcio de Queiroz em sua delação premiada à Polícia Federal e ao Ministério Público do Rio. Foto: Reprodução

Porto Velho, Rondônia  - A Justiça do Rio de Janeiro manteve a prisão preventiva do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel. Ele foi preso no ano passado acusado de ter participado do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Suel também responde por tentativa de homicídio contra Fernanda Gonçalves Chaves, assessora de Marielle que estava no carro atingido pelos tiros, e pela receptação do veículo Chevrolet Cobalt usado no crime.

O ex-bombeiro foi citado pelo ex-policial militar Élcio de Queiroz em sua delação premiada à Polícia Federal e ao Ministério Público do Rio.

Na ocasião, Élcio detalhou o atentado contra a parlamentar. Tanto Élcio quanto Ronnie Lessa, ex-policial reformado, estão presos desde 2019 e foram denunciados pelo GAECO/MPRJ como os executores de Marielle Franco e Anderson Gomes.

Na delação, Élcio confessou ter dirigido o carro utilizado no ataque e confirmou que Ronnie Lessa foi o autor dos disparos. Maxwell teria auxiliado no monitoramento dos passos de Marielle e participado da troca de placas do veículo Cobalt, um dia após o crime. Além disso, ele teria se desfeito das cápsulas e munições utilizadas no assassinato, bem como providenciado o desmanche do veículo posteriormente.

Suel é considerado o melhor amigo de Ronnie Lessa, juntamente com Élcio de Queiroz. Foi Maxwell quem salvou Lessa durante uma troca de tiros no Quebra-Mar, na Barra da Tijuca. Na ocasião, logo após os assassinatos de Marielle e Anderson, o ex-policial havia sido vítima de um assalto e recebeu ajuda de Suel.

O ex-bombeiro já havia sido condenado a quatro anos de prisão por obstrução das investigações sobre a morte da vereadora e seu motorista. Ele estava cumprindo pena em regime aberto até ser detido novamente durante a operação do Ministério Público do Rio em julho do ano passado.


Fonte: O Antagonista