Área desmatada para pecuária equivale a 867 campos de futebol; prejuízo ambiental calculado em mais de R$ 36 milhões (Foto reprodução)
Porto Velho, RO - O Ministério Público de Rondônia, por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Guajará-Mirim e do Grupo de Atuação do Meio Ambiente, Habitação, Urbanismo, Patrimônio Histórico, Cultural e Artístico (GAEMA), apresentou denúncia à Vara Criminal do município contra um fazendeiro envolvido em reiterados danos ambientais ao Parque Estadual de Guajará-Mirim, situado na zona rural do município de Nova Mamoré. O MP estima que os danos causados ultrapassam os 36 milhões de reais.
Segundo os promotores de Justiça, o fazendeiro, ao longo dos anos de 2015 a 2023, praticou frequentes delitos ambientais ao desmatar 619,1168 hectares da Unidade de Conservação para a realização de atividades pecuárias, uma área equivalente a 867 campos de futebol.
Além do desmatamento, o fazendeiro, de maneira contumaz e ciente da ilegalidade de suas ações, invadiu terras pertencentes ao Estado, localizadas no interior do Parque Estadual Guajará-Mirim. A denúncia aponta a presença constante de gado do fazendeiro pastando dentro da unidade de conservação, o que prejudicava a regeneração natural da floresta previamente desmatada.
A denúncia, resultante da Operação "Persistere”, realizada no final de novembro, inclui mandados de prisão preventiva, busca e apreensão, além da quebra de sigilos telefônicos e telemáticos. O fazendeiro permanece sob prisão preventiva, acusado de utilizar indevidamente a área do Parque Estadual Guajará-Mirim como propriedade privada.
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