No feriado da Independência, data que reuniu milhares de manifestantes bolsonaristas nos anos anteriores, a Polícia Federal aceitou fechar um acordo de delação premiada com Mauro Cesar Barbosa Cid, que está preso desde o dia 3 de maio. Nos próximos dias, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes vai decidir se aceita o acordo.
O ex-ajudante de ordens é investigado por fraudar os cartões de vacinação do ex-presidente e sua filha e de ser uma peça central e um suposto esquema de venda de joias e artigos de luxo que Bolsonaro ganhou durante agendas oficiais.
No culto desta quinta, Michelle disse que não estava conseguindo orar há tempos e que sentia "com os polegares cortados". "Eles vão nos atacar. O Senhor não nos prometeu que seria fácil. O Senhor falou que seríamos perseguidos, todos aqueles que tivessem Cristo como Senhor e salvador seriam perseguidos. E nós estamos sendo perseguidos e injustiçados", disse a presidente do PL Mulher, aos prantos.
Instantes antes de falar sobre a traição de correligionários, a ex-primeira-dama comparou o governo de seu marido ao de Luiz Inácio Lula da Silva e lembrou as orações que ela costumava fazer no Palácio do Alvorada. "A gente destronou do altar o inimigo ali dentro da Presidência da República."
Jair e Michelle Bolsonaro estavam acompanhados de parlamentares do PL: o senador Magno Malta (ES) e o deputado federal Marcos Feliciano (SP).
A Polícia Federal suspeita que o ex-presidente coordenava e se beneficiava desse suposto esquema de venda internacional de presentes recebidos nos seus compromissos oficiais. Michelle também é investigada pela suspeita de que tenha desviado para si algumas joias recebidas pelo marido.
No dia 31 de agosto o casal e outros seis investigados o caso - Mauro Cid pai, Mauro Cid filho, Frederick Wassef, Fábio Wajngarten, Osmar Crivelatti e Marcelo Câmara - foram ouvidos pela Polícia Federal. Michelle e Bolsonaro decidiram ficar em silêncio.
Fonte - Terra
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