No último final de semana promotores sobrevoaram a área e constataram pontos de desmatamento

Porto Velho, RO - O Ministério Público de Rondônia identificou pontos de desmatamento na região do Parque Estadual Guajará-Mirim durante sobrevoos na última sexta-feira (3) em Nova Mamoré (RO).

Participaram da ação o Coordenador do Grupo de Atuação Especial em Meio Ambiente (GAEMA), promotor Pablo Hernandez Viscardi, e o Coordenador da Força Tarefa de Conflitos Agrários, respectivamente, promotor Héverton Alves de Aguiar.

Os sobrevoos ocorreram em conjunto com a equipe do Núcleo de Operações Aéreas (NOA), na região do Parque Estadual Guajará-Mirim.

O objetivo da missão foi fazer um reconhecimento visual e um diagnóstico, incluindo registro de GPS das áreas que são alvo de invasão e exploração ilegal de madeira, dentre outros crimes ambientais, com a finalidade de estudar estratégia de desocupação dos invasores.

Os Promotores confirmaram o aumento da área desmatada, com base em comparações de fotos de satélite anteriores. Eles alertam que qualquer tipo de ocupação da área de Proteção Ambiental é crime e será punido na forma da lei. A intenção é evitar novas invasões, que culminam com o desmatamento da floresta protegida.

Em maio desse ano o juízo da 1ª vara de Guajará-Mirim proferiu sentença determinando a saída dos invasores e, ainda, a destruição de construções e maquinários e o sacrifício dos animais existentes no interior e na região conhecida como “bico do parque”.

O Promotor de Justiça Pablo Hernandez Viscardi lembrou que as invasões e explorações ilegais aumentaram nos últimos dois anos e que tais atitudes são perigosas para a manutenção do ecossistema. “Não podemos permitir que essas ocupações perdurem e muito menos que continuem acontecendo”, destacou o Promotor.

O Promotor de Justiça Héverton Alves de Aguiar reiterou a intenção do MPRO, juntamente com as demais instituições, no sentido de serem tomadas medidas urgentes. “Nosso propósito é manter a área do Parque livre de invasores, visando ao cumprimento da legislação ambiental”, concluiu.

Fonte: Diário da Amazônia