Prefeitura informou que está analisando o pedido de reajuste tarifário da empresa responsável pelo transporte coletivo

Porto Velho, RO - A partir da última terça-feira (10) o preço do óleo diesel nas refinarias sofreu um novo aumento de 8,9%, com isso as tarifas dos ônibus urbanos teriam que ser reajustadas em 2,9%, de acordo com a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU).

Ainda de acordo com o NTU, somados aos reajustes anteriores do combustível, o diesel já subiu 47% este ano, gerando um impacto acumulado nas tarifas de 15,4%.

A associação alerta sobre os riscos de faltar ônibus para circular fora dos horários de pico, caso os sucessivos aumentos de custos não sejam compensados de alguma forma.

O Diário da Amazônia entrou em contato com a prefeitura de Porto Velho (RO). E segundo a gestão municipal, a empresa responsável pelo transporte coletivo na capital apresentou um pedido de reajuste tarifário por conta do aumento dos preços dos insumos.

O pedido está em análise técnica. Ainda de acordo com a prefeitura não há indício de paralisação dos serviços por conta do aumento do diesel ou qualquer outra situação.

A maioria das empresas associadas à NTU, entidade que congrega mais de 400 operadoras de ônibus em todo o país, está sem condições financeiras para fazer frente a mais um reajuste do diesel, informa Christovam.

A alternativa que resta às empresas é buscar socorro nas prefeituras, que são responsáveis pela gestão do serviço nas cidades brasileiras, ou nos governos estaduais, que respondem pelas regiões metropolitanas.

Índice de Preços ao Consumidor Amplo

Valores nas refinarias são 54% do preço final

De acordo com o Estadão, o novo aumento de 8,87% no preço do diesel nas refinarias, anunciado pela Petrobras, terá impacto direto reduzido no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mas alimenta e espalha as pressões inflacionárias.

Nas contas da LCA Consultores, o reajuste aumenta diretamente em apenas 0,02 ponto porcentual o IPCA, por causa do peso pequeno do diesel na inflação ao consumidor. Isto é, o IPCA de 8,04%, projetado para este ano pela consultoria, sobe para 8,06%. No entanto, um reajuste de quase 9% num combustível que é a base do transporte de carga da economia brasileira leva a outros aumentos.

Fonte: Diário da Amazônia