Polícia Federal apura pagamento de R$ 11 milhões em propina nas obras do estádio Castelão, em Fortaleza (CE), entre 2010 e 2013

Porto Velho, RO - O Pré-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT) e o irmão Cid Gomes (PDT), senador pelo Ceará, são alvo de operação da Polícia Federal (PF), nesta quarta-feira (15/12). Batizada de Colosseum, a ação investiga fraudes, exigências e pagamentos de propinas a agentes políticos e servidores públicos envolvidos na licitação das obras no estádio Castelão, em Fortaleza (CE), entre 2010 e 2013.

Estima-se que R$ 11 milhões tenham sido pagos diretamente em dinheiro ou disfarçados de doações eleitorais, com emissões de notas fiscais fraudulentas por empresas fantasmas.

Ao todo, 80 policiais federais cumprem 14 mandados de busca e apreensão expedidos pela 32ª Vara da Justiça Federal, em Fortaleza (CE), Meruoca (CE), Juazeiro do Norte (CE), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG) e São Luís (MA). As buscas têm como objetivo apreender mídias digitais, aparelhos celulares e documentos.


As investigações tiveram início em 2017, quando foram identificados indícios de esquema criminoso envolvendo pagamentos de propina para que uma empresa fosse beneficiada no processo licitatório da Arena Castelão.

O grupo teria, ainda, posteriormente – na fase de execução contratual –, recebido valores devidos pelo governo do Ceará ao longo da execução da obra de reforma, ampliação, adequação, operação e manutenção do estádio.

Outro lado

Em uma rede social, Ciro Gomes disse não ter dúvida “de que esta ação tão tardia e despropositada tem o objetivo claro de tentar me intimidar”.

“Não tenho nenhuma ligação com os supostos fatos apurados. Não exerci nenhum cargo público relacionado com eles. Nunca mantive nenhum tipo de contato com os delatores. O que, aliás, o próprio delator reconhece quando diz que NUNCA me encontrou”, assegurou o pré-candidato a presidente.
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Veja a manifestação dele na íntegra:

A assessoria do ex-governador do Ceará Cid Gomes foi procurada, mas não se manifestou até o fechamento desta reportagem. O espaço segue aberto.

Fonte: Metropoles