A série narra a vinda de Rossevelt à Amazônia

 

Porto Velho, Rondônia - Mais de 100 anos separam a Expedição Científica Rondon-Roosevelt conduzida pelo presidente norte-americano Theodore Roosevelt e o explorador e sertanista brasileiro Marechal Cândido Rondon da adaptação da jornada para as telas em 'O Hóspede Americano', minissérie de quatro capítulos da HBO Max que estreia neste domingo, 26.

"Queria contar essa história através da perspectiva do Roosevelt porque ele é o peixe fora d´água. Além disso, ele tambpem é um personagem fascinante e tinha algo que eu considero muito raro hoje em dia que é a complexidade", explica o cineasta e idealizador da produção Bruno Barreto.

Além de Barreto, a minissérie conta a participação de Aidan Quinn (como Theodore Roosevelt), Chico Diaz (como Marechal Rondon), Chris Mason (como Kermit Roosevelt) e Dana Delany (como Edith Roosevelt), além do roteiro assinado por Matthew Chapman.

Descrita pelo próprio Roosevelt como "a sua última oportunidade para ser um garoto", o presidente tinha 55 anos e havia acabado de ser derrotado nas eleições de 1912 quando tentou voltar à Casa Branca, para um terceiro mandato. A expedição ao Rio da Dúvida, na Amazônia, também tinha o objetivo de identificar novas espécies, mas como a Natureza tem suas próprias regras, a viagem foi marcada pelos desafios impostos pelo ambiente hostil ao homem da cidade.

Os desafios vividos por Roosevelt, assim como a sua biografia complexa, foram decisivos para que Aidan Quinn desejasse integrar a produção. "É interessante o que a vida oferece a você. Eu já tive grandes papeis. Mas fazia tempo que eu não fazia algo tão interessante. Eu rezei e pedi a Deus para me enviar um papel onde eu pudesse demonstrar todo o meu talento e eu não imaginava que Ele me atenderia tão rapidamente. Foi a coisa mais difícil que já fiz, mas eu tinha que fazer. É um personagem fascinante".

Apesar da distância temporal, a expedição centenária pelo Rio da Dúvida segue contemporânea, Chapman explica que "Rondon transformou a vida de Roosevelt. Ele passou ser um protetor dos direitos dos trabalhadores, das mulheres e também da Natureza. Roosevelt, por outro lado, era muito otimista, mas ao final da viagem ele perde o seu otimismo, pois acredita que que a ganância do homem iria destruir a floresta".

A devastação da Amazônia e o aquecimento global são exemplos da contemporaneidade da história. E apesar dos números nada favoráveis, Chris Mason destaca que é "importante manter a esperança", ele também acredita que a série pode servir para que algumas pessoas "reflitam" sobre a importãncia da preservação ambiental.

Fonte - Terra