ACM Neto endossa a iniciativa dos partidos


Porto Velho, Rondônia - A Executiva Nacional do DEM se reuniu na noite desta terça-feira (21) e deu o primeiro passo para a fusão com o PSL. O início das discussões para se unir ao partido foi aprovado por 40 votos favoráveis e nenhum contrário. Participaram do encontro líderes nacionais do DEM, como o presidente da sigla, ACM Neto, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.

O objetivo de dirigentes dos dois partidos é oficializar a fusão até outubro. Depois da reunião da Executiva, o DEM vai convocar para o próximo mês um encontro do Diretório Nacional, instância que tem mais integrantes, para votar internamente se vai embarcar no projeto de união com a outra legenda. Dentro do PSL também estão marcadas reuniões para debater o assunto, mas lá a fusão já está pacificada.

"Depois que vota isso (no Diretório Nacional do DEM) só tem parte burocrática mesmo. A ideia é ver se a gente consegue concluir isso agora em setembro ou outubro", afirmou o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta ao Estadão. Mandetta é pré-candidato a presidente pelo DEM. Articuladores da fusão avaliam que a oficialização pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai acontecer até fevereiro do ano que vem.

Se concretizado, o novo partido terá a maior bancada da Câmara, com 81 deputados, além de sete senadores, três governadores, o maior tempo de rádio e televisão na campanha de 2022 e os maiores fundos eleitoral e partidário. A presidência do partido deve ficar com Luciano Bivar, atual presidente do PSL, e a secretaria-geral com ACM Neto, presidente do DEM.

A união é vantajosa para o DEM por causa do aumento do fundo partidário e eleitoral. Para o PSL, os principais atrativos são a capilaridade regional e estrutura que a outra sigla pode oferecer.

Apesar dos avanços, para ser confirmada a fusão é preciso ajustar conflitos regionais. Estados como Rio, São Paulo e Pernambuco ainda não têm consenso sobre qual grupo político vai exercer o comando.

"Não se faz uma fusão sem que vários pontos sejam levantados. Algumas são resistências regionais por conta de sobreposição de projetos. O PSL estava pensando em um projeto com A e o DEM naquele estado estava pensando com B", explicou Mandetta.

O ex-ministro também afirmou que é preciso definir a governança do novo partido e disse que isso vai requerer debates. Para o político do DEM, detalhes como nome e o número da legenda serão as últimas coisas a serem definidas. Para ajudar na decisão desses detalhes, os articuladores da fusão contrataram uma pesquisa, que começou a rodar na segunda-feira (20).

"Tem, em um primeiro momento, uma boa vontade. Agora tem que ver como é a governança do novo partido, como delibera. O DEM é um partido muito de colegiado, o PSL é muito concentrado", afirmou o ex-ministro da Saúde.

Fonte - Terra