Foto: Dida Sampaio/Estadão
Porto Velho, Rondônia - Leituras atentas, feitas por quem conhece os bastidores de Brasília, do que disseram Arthur Lira e Hamilton Mourão no day after dos atos: o vice/general deixou claro que está ligado no mapa da guerra do impeachment na Câmara e tem a planilha de votos na ponta da língua.

O presidente da Câmara se esforçou sobremaneira para transmitir a imagem de fiador da estabilidade “socioeconômica”. 

Sem algum momento decidir se colocar publicamente como alternativa de poder, Mourão quer antes ver transformado em votos na planilha o apoio indicado pelos partidos de centro ao impeachment. Sem cheiro de vitória, queimará a largada e ganhará a pecha de traidor.

Usando um inédito teleprompter, Lira acenou para o mercado financeiro e o setor produtivo como alternativa de estabilidade política e econômica se a chapa Bolsonaro-Mourão for cassada.

Como mostrou a Coluna, Mourão e Lira estão com antenas ligadas. Os dois se encontram diante caminhos inversamente atraentes para cada um deles que podem colocá-los na cadeira de presidente da República. 

O vice pode chegar ao Planalto pela via do impeachment, que depende de Lira. O presidente da Câmara tem brechas para assumir o País se o TSE impugnar a chapa eleitoral de Bolsonaro-Mourão.

Fonte: O Estadão