Vasques destaca falta de planejamento


Porto Velho, Rondônia – Vídeo com trecho de entrevista concedida pelo ex-candidato a prefeito Marco Aurélio Blaz Vasques, onde ele comenta a forma como o seu adversário nas eleições e atual Chefe do Executivo de Cacoal vem conduzindo a área da saúde na gestão, tanto no enfrentamento da pandemia, quanto na organização do setor para o mandato.

Profissional do setor, com experiência em gestão de saúde através de passagens pelo comando de secretarias municipais da área não apenas no município, mas também em Vilhena, Vasques deixa muito evidente que, se estive na cadeira de prefeito faria tudo muito diferente do que vem sendo realizado por Adailton Fúria (PSD). Ele também aponta contradições entre o que o atual prefeito prometeu em palanque e o que vem executando de fato.

“Eu quero ser justo com o Fúria, e esta é minha opinião sobre Covid”, começa a falar Vasquez, para em seguida enumerar ações que não faria. “Eu não teria aberto aquele hospital de campanha, naquele local e daquele jeito, teria feito outra base descentralizada de triagem, mas, enfim essa é minha opinião, e cada um tem a sua”.

Depois ele aborda a questão do planejamento, destacando que “é essa que me preocupa”. Ele explicou que no primeiro ano de gestão, quando se trabalha com orçamento elaborado por gestão anterior, se faz um planejamento de trabalho para todo o mandato, baseado na diretriz da administração que vai comandar o setor, começando pela realização de uma conferência municipal de saúde, agregando todos os representantes setoriais que atuam no cenário – “e até agora ninguém se mexeu neste sentido”.

Prosseguindo, ele explica e daí se constrói o plano para os quatro anos para integrar ao PPA (Plano Plurianual), que é uma espécie de linha mestre de uma administração, traçando metas e objetivos e como alcança-los. “Eu vejo que nada disso está sendo feito”.

Vasquez considera que em virtude desta ausência de planejamento os setores estão se desagregando, e não há planejamento de resposta, “mas um planejamento der resposta”. Trocando em miúdos, a gestão de Fúria, na avaliação dele, é baseada na metodologia “combate a incêndio”, ou seja, não se antecipa e não se prevê nada, apenas se corre atrás de resolver problemas. “O prefeito condena o planejamento em busca de respostas imediatas”.

Ele também falou que desde na campanha o prefeito fez promessas que não consegue cumprir, como o “corujão da saúde”, para atender demanda de ressonâncias usando o período noturno. “Eu disse no debate que ele não ia fazer isso, e Fúria respondeu que seu plano de saúde estava na cabeça, e que seu secretário iria promover mudanças radicais em seis meses, isso não aconteceu”.

Vasquez finaliza dizendo que não é uma reprimenda, mas sim um conselho: “você precisa planejar” para fazer uma política pública de saúde eficaz.