O "piseiro" durou a noite toda


Porto Velho, Rondônia - As redes sociais do Município da região central da cidade foram tomadas neste domingo com dezenas de postagens de fotos e vídeos de uma grande festa ocorrida na noite do sábado 12, que se estendeu até a madrugada deste domingo, tendo como ponto principal o chamado Complexo Beira Rio

O evento clandestino teria ocorrido de forma articulada em através das próprias redes sociais, aproveitando o momento de crise entre a Polícia Militar e o governo, quando não está havendo patrulhamento ostensivo.

Informações levantadas pela reportagem dão conta que a prefeitura, através da SEMTRAN, tentou coibir pelo menos as infrações de trânsito, mas os servidores acabaram sendo escorraçados do local pela multidão, composta principalmente por jovens. Segundo fonte do site, a expulsão teria acontecido sob ameaça com armas.

A reportagem também apurou que, na verdade, houve festas e concentrações em vários pontos da cidade, e que apenas na madrugada todo o movimento convergiu para o Beira Rio.

As imagens que circulam pelas redes sociais mostram todo tipo de abuso contra as normas de restrição impostas pela pandemia, além de muitas infrações de trânsito. Também é possível ver pessoas com aparência de ser menor de idade consumindo álcool e tabaco.

O acontecido acabou remetendo a situação semelhante que ocorreu no final do ano, quando a segurança pública também perdeu o controle sobre a multidão, com a diferença de que dessa vez não havia policiamento.

O caso, que segundo integrantes do primeiro escalão que preferem não se identificar, é de conhecimento do prefeito Adailton Fúria (PSD), e haverá providências. Por outro lado, o assunto trouxe de volta à discussão um tema que volta e meia surge no debate político local: a criação de uma Guarda Municipal.

O ex-vereador Jabá Moreira lembrou que em seu mandato promoveu audiência pública sobre o assunto, mas a ideia não foi adiante em virtude de custo com folha de pagamento. Por outro lado há vereador em exercício do mandato que na campanha prometeu se empenhar na criação da corporação, que num caso como o de ontem poderia ter atuado na preservação do patrimônio público, porém com sete meses de legislatura nunca mais tocou no assunto.